Não se podem ler os evangelhos sem notar o interesse que Jesus dava às pessoas. Enquanto ensinava sobre os princípios do reino de Deus, ele procurava atingir cada ouvinte com suas palavras. Jesus nunca se preocupou com as multidões. Aliás, ele estava sempre fugindo dos aplausos e honrarias. Muitos dos seus ensinos foram dados à pessoas e não às multidões.
Como exemplos temos os seus diálogos com Nicodemos, com a mulher samaritana, com a mulher siro-fenícia, com o jovem rico, com Zaqueu e tantos outros. Algumas características afloram desses encontros. Devemos conhecê-las para podermos exercer com excelência o trabalho de evangelizar o perdido.
1. Jesus sempre foi diligente em seu ministério evangelístico.
Ao deixar o deserto, onde passou quarenta dias sob o fogo cruzado de Satanás, Jesus não recusou um diálogo com dois discípulos de João Batista.
Estes discípulos desejavam saber onde Jesus morava. Foram convidados a acompanhá-lo e permaneceram com ele todo aquele dia. Ler João 1: 35 – 39.
2. Jesus foi um evangelista paciente e determinado.
Jesus não teve pressa em falar àqueles dois discípulos. Foi paciente e determinado. O seu alvo era conquistar aqueles dois corações para o reino de Deus. Quem se apressa a falar do evangelho acaba assustando as pessoas. Precisamos aprender a dar tempo ao Espírito Santo para que ele convença a pessoa, antes de nós a convencermos.
3. Jesus foi um homem cheio de compaixão.
A força motora do evangelismo é a compaixão. Sem ela, o trabalho se torna frio, rotineiro e sem motivação. Uma igreja que não demonstra uma compaixão pelos perdidos, está perdida. Ler Mateus 14:14
4. Jesus foi um evangelista sempre pronto a se dar em favor do pecador.
Jesus nunca despediu uma pessoa sem antes abençoá-la. Estava sempre pronto a interceder pelos sofredores, a curar os enfermos, a conquistar vidas. Não comia, nem bebia até plantar o evangelho no coração dos seus ouvintes. Ler Mateus 20: 25 – 28
5. Jesus foi um evangelista não dispersivo.
Ele nunca gastava tempo com divagações e especulações sobre doutrinas e costumes. Sabia a importância do seu tempo. Quando Nicodemos tentou desviar o assunto para os milagres que Jesus estava realizando, ele o confrontou com a verdade do novo nascimento. Ler João 3.3,5.
6. Jesus sempre foi compreensivo e perdoador.
Quando impomos a nossa fé a alguém, ela se dissolve como açúcar na água. Não fomos chamados para sermos juizes de ninguém. Quem deseja ganhar pessoas para Cristo precisa demonstrar um espírito compreensivo e cheio de perdão. Ler João 8. 1 –11.
7. Jesus foi um evangelista dinâmico.
Além de percorrer as aldeias, as vilas e povoados levando a mensagem de salvação, ele estava sempre pronto a treinar e ensinar os seus discípulos. A igreja não pode se contentar apenas com os cultos que realiza. Jesus não ordenou aos seus discípulos que construíssem templos em Jerusalém; que ficassem a espera de alguns eventuais visitantes. Pelo contrário, ele ordenou que eles saíssem a pregar e a fazerem discípulos. Este dinamismo precisa ser ressuscitado no seio da igreja. Ler Mateus 28. 19; Marcos 16. 15.
{mospagebreak title=O Evangelho no livro de Atos}